quarta-feira, 3 de junho de 2015

Teoria de nada

Nada. Palavra que indica o quê? Nada.

Este é um estudo de nível absurdo-psicológico sobre nada.

Nada.

Um estudo de nivel teológico-alegórico sobre nada.

Nada.

Zero, vazio, vácuo? Não.

Nada.

César Cielo?

Nada.

Uma visão contemporânea do passado e do futuro. Uma visão indiana sobre as adversidades da liberdade animal.

Nada.

Prestar atenção na respiração durante quinze minutos, em silêncio.

Nada.

Xuxa, careca de olhos claros?

Nada.

Xuxa, só para baixinhos, é avistada no alto do cume da bússola do redentor. Saindo da academia de celular na mão.

Nada.

Sentir o incessante constante da presença.

Nada.

Vida após o brigadeiro. Prazer sensorial.

Nada.

Nomes compostos, mantras e rituais.

Nada.

Michael Phelps?

Nada.

Parar, continuar, viver, morrer, se importar, xingar, balançar, navegar, namorar, escrever, pensar, viajar.

Nada.

Tudo na teoria do nada.

Nada.

Peixe?

Nada.
.

Aquele indecifrável incômodo de que há alguma coisa: aquele movimento a fazer, aquela frase a escrever, aquela correção ortográfica.

Nada.

Quando acontece de se flutuar, respirar, girar os braços, bater as pernas. Crawl, costas, medley, peito, borboleta.

Nada.

O melhor lugar pra ficar, a melhor coisa a fazer, a vista mais bonita, o sentimento mais puro, a visão mais estarrecedoramente leviana, "candidata".

N A D A

Tudo tudo.
Nada nada.

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